CartaExpressa
Mourão vai à Câmara e pinta Bolsonaro como vítima por críticas: ‘Stalin seria democrata se fosse contra ele’
O vice-presidente participou de audiência e tentou negar o fracasso do governo no meio ambiente
O vice-presidente Hamilton Mourão compareceu nesta quarta-feira 24 à Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara e tentou rebater críticas à política do governo para o meio ambiente. Ele mencionou uma suposta “desaceleração” do desmatamento na região amazônica e desenhou o presidente Jair Bolsonaro como vítima de críticas injustas.
“Como você fala em desaceleração do desmatamento se o desmatamento desse ano foi maior do que ano passado? O que eu quero dizer é o seguinte: se nós não tivéssemos agido, seria muito pior”, disse o general na audiência.
O relatório anual do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite, o Prodes, foi publicado na semana passada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e mostrou que a área desmatada na Amazônia entre agosto de 2020 e julho de 2021 é de 13.235 km² – crescimento de 22% na comparação com o ano anterior.
Mourão ainda declarou na Câmara que não aceita “pintar o Brasil como aqui fosse a quintessência do inferno”.
“Obviamente, existem as pesadas críticas contra o nosso governo, em particular contra a pessoa do presidente Bolsonaro. Eu já me referi uma vez: da forma como as críticas são feitas, se o Stalin, o Lenin e o Pol Pot ressuscitassem e dissessem que eram contra o Bolsonaro, seriam considerados democratas”, completou o militar.
Relacionadas
CartaExpressa
Presidente do Republicanos diz não ter sido comunicado sobre saída de Tarcísio
Por Leonardo MiazzoCartaExpressa
Caixa é condenada a indenizar cliente transgênero por não realizar mudança de nome
Por André LucenaCartaExpressa
Moraes pede à ONU uma Declaração de Direitos Digitais e diz que big techs agem como ‘terra de ninguém’
Por CartaCapitalCartaExpressa
PGR defende derrubada da lei de São Paulo que anistia multas aplicadas na pandemia
Por André LucenaUm minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.