O vice-presidente Hamilton Mourão condenou a postura do ex-presidente da Caixa Econômica Federal Pedro Guimarães acusado de assédio sexual por parte de funcionárias.
“Em termos operacionais, o trabalho do Pedro foi muito bom e a Caixa avançou bastante ao longo desses anos, mas lamentavelmente, nessa parte moral, falhou. E falhou feio”, disse, na chegada ao Palácio do Planalto. Mourão foi o primeiro do alto escalão do governo a se posicionar sobre o caso.
Mourão, no entanto, defendeu o fato de o presidente Bolsonaro não tê-lo demitido imediatamente ao tomar conhecimento do caso e que se trata de ter ‘bom senso’.
“Quando você recebe qualquer denúncia, você primeiro chama a pessoa, conversa com ela, ouve o lado dela. É o famoso ‘contraditório e ampla defesa’. A partir do momento que eu acho que as justificativas que o Pedro deu ao presidente não foram aquelas que ele julgava pertinentes, o presidente deve ter dito pra ele: ‘por favor, peça pra sair’. Acho que foi isso que aconteceu”, sugeriu.
“Não é simples você trabalhar com pessoas, você tem que saber quais são os limites, principalmente quando você é chefe, né. Até onde você pode ter um determinado relacionamento ou relação com seus subordinados, seja ele homem ou mulher. Então isso é uma questão de bom senso e todas as empresas hoje elas tem um decálogo em relação a esse comportamento que as pessoas têm que ter. Então, acho que é um episódio só, nada mais que isso”.
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