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Mourão defende discurso de Bolsonaro na ONU: ‘A visão do nosso governo’
O vice-presidente também saiu em defesa do ministro Wagner Rosário, da CGU, que ofendeu a senadora Simone Tebet na CPI da Covid
O vice-presidente Hamilton Mourão se mostrou favorável ao discurso de Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, amplamente criticado pelas mentiras e imprecisões. Mourão disse que o capitão mostrou ‘a visão do nosso governo’ e que o discurso seria apenas uma ‘peça’ do que o Brasil, de fato, representa internacionalmente.
“Eu acho que o discurso da ONU é uma peça só. É que vem sendo dado muito destaque a isso por causa, vamos dizer, da forma como o nosso governo atua. Mas, na realidade a imagem do Brasil é um processo, um processo contínuo”, disse à imprensa na chegada do Palácio do Planalto.
“O presidente apresentou dentro da nossa visão, a visão do nosso governo, a situação que o Brasil vive. Acho que ele não foi muito afundo em questões globais”. Sobre os dados sobre meio ambiente, Mourão disse que “sempre há uma contestação” em torno dos números.
Também nesta quarta-feira, o vice-presidente defendeu a atitude do ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, durante sessão da CPI da Covid na terça-feira 22. O ministro ofendeu a senadora Simone Tebet (MDB-MS), bateu boca com os demais senadores e, em algumas respostas, foi considerado arrogante pelos membros da CPI.
Para Mourão, o ministro não resistiu ‘aos desaforos’ dos senadores e deu ‘uma aloprada’.
“É aquela história, o cara lá (Rosário) não estava submetido a um interrogatório. Ali, tem uns com mais paciência para aguentar os desaforos que são ditos ali. E outros que não têm. O Wagner aguentou até determinado ponto e, em outros pontos ali, deu uma aloprada, que acho perfeitamente normal uma pessoa reagir”, disse o vice-presidente.
“Tem que ter muito sangue frio para aguentar o deboche que muitas vezes é colocado ali. Conheço bem o Wagner e é uma pessoa séria”, completou Mourão.
O vice-presidente disse ainda que alguns senadores se excedem em suas funções e fazem suas exposições pensando em retorno eleitoral.
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