As motociatas do presidente Jair Bolsonaro já custaram quase 5 milhões aos cofres públicos. As informações são da Folha de S.Paulo com base em levantamento feito a partir de Lei de Acesso à Informação.
O levantamento considerou 13 viagens do presidente, que serviram para buscar apoio entre sua base mais radical. A primeira motociata ocorreu em Brasília, no dia 9 de maio. Outras 12 a sucederam em quase todas as regiões do país: Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco e Paraná.
Segundo a reportagem, a viagem mais custosa foi ao agreste pernambucano, no dia 4 de setembro, no valor de quase R$ 607 mil. Os maiores gastos aparecem na sequência em São Paulo (R$ 476 mil) e Chapecó (R$ 450 mil), no mês de junho.
O estado de São Paulo, governado pelo opositor e presidenciável João Doria (PSDB), foi o que mais investiu recursos para viabilizar a presença do presidente nas motociatas. Segundo o governo, os custos chegaram a R$ 1,5 milhão com dois eventos, um na capital e outro em Presidente Prudente, em julho.
Segundo a reportagem, só a Presidência desembolsou um total de R$ 3,3 milhões para que Bolsonaro participasse dos eventos. A conta nos estados, com reforço na segurança, ficou em 1,7 milhão, o que totaliza um gasto de 4,98 milhões, até o momento. O cálculo não considerou os gastos da motociata realizada no dia 6 de novembro no Paraná, já que o custo não foi informado pela Presidência.
Os gastos da comitiva presidencial nessas viagens estão sendo analisados pelo TCU (Tribunal de Contas da União) a pedido de integrantes da CPI da Covid no Senado.
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