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Morre o senador Major Olimpio (PSL-SP), após complicações da Covid-19

Parlamentar foi diagnosticado em 2 de março e estava internado em São Paulo

Senador Major Olímpio. Foto: Roque de Sá/Agência Senado
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Morreu por complicações da Covid-19 o senador Major Olimpio (PSL-SP), segundo comunicado oficial publicado em suas redes sociais nesta quinta-feira 18. A família informou que o parlamentar teve morte cerebral.

Ele tinha 58 anos e foi diagnosticado com o novo coronavírus em 2 de março deste ano. Desde então, estava internado no Hospital São Camilo, na capital paulista.

Olimpio deixa uma esposa e dois filhos. Ele é o terceiro senador a perder a vida por complicações da Covid-19, depois de Arolde de Oliveira (PSD-RJ), em outubro do ano passado, e José Maranhão (MDB-PB), em fevereiro deste ano.

O major era fiel apoiador da Lava Jato e defendia ampliação da posse e do porte de armas. Nos últimos meses, fez oposição ao presidente Jair Bolsonaro pelo atraso na vacinação contra a Covid-19. Ao mesmo tempo, protestava contra o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), pelas medidas de isolamento e aumento de impostos.

Em 12 de fevereiro, dias antes de testar positivo para o vírus, publicou um texto de protesto contra o fechamento do comércio. Em vídeo, o senador apareceu no meio de uma aglomeração e pediu o impeachment do tucano.

“Chega de aceitar os desmandos deste DESgovernador”, escreveu. “Fui às ruas nesta sexta-feira em apoio à população do nosso estado contra o fechamento do comércio e pela abertura de mais leitos na Saúde. Chega de descaso com o povo!”

Olimpio nasceu na cidade de Presidente Vesceslau, interior paulista. Era bacharel em ciências jurídicas e sociais, jornalista, professor de educação física e militar. Ingressou na Polícia Militar em 1978 e entrou na carreira política em 2007, quando tornou-se deputado estadual de São Paulo. Após dois mandatos na Assembleia Legislativa de São Paulo filiado ao PV e depois PDT, assumiu o cargo de deputado federal em 2015, pelo PMB. Em 2018, em sua reeleição, filiou-se ao PSL, então partido de Jair Bolsonaro.

O Senado Federal decretou estado de luto por 24 horas. Figuras políticas manifestaram solidariedade à família, como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), os ex-ministros Ciro Gomes (PDT) e Sergio Moro e os tucanos de São Paulo João Doria e José Serra.

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