O ex-juiz Sergio Moro, senador eleito pelo União Brasil no Paraná, minimizou as manifestações promovidas por bolsonaristas após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no pleito presidencial. Os atos, de caráter golpista, defendem uma intervenção das Forças Armadas a fim de evitar a posse do petista.
Em entrevista à Deutsche Welle publicada na última sexta-feira 25, Moro avaliou que os protestos bolsonaristas “revelam uma grande insatisfação com o resultado das eleições e uma oposição à proposta do PT para o País”. Segundo ele, “essas manifestações, desde que elas não sejam violentas, sendo elas pacíficas (…), revelam essa insatisfação”.
Ele ainda afirmou que “faz parte de uma democracia as pessoas poderem protestar” e que as manifestações “deveriam ser interpretadas da forma apropriada, no sentido de alertar o novo governo de que ele requer cautela, prudência e buscar posições moderadas, já que existe uma grande oposição e insatisfação da população em relação ao resultado das eleições”.
Questionado sobre qual será a sua postura no Congresso Nacional em relação ao governo Lula, confirmou que será “oposição”, mas “não uma oposição irracional”.
“Agora, é claro que não vejo vindo desse governo [de Lula a partir de 2023] propostas na área anticorrupção. Então pretendo ser um senador vigilante. É um pouco numa linha de guardião da República, como tem que ser o Senado.”
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