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Moro e Deltan montaram uma máquina para fazer dinheiro com a Lava Jato, diz Gilmar Mendes

Segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal, há prova inequívoca de que o projeto da dupla era político-partidário

SERGIO MORO E DELTAN DALLAGNOL. FOTOS: ANTONIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL E MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
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O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes reforçou nesta quinta-feira 5 o caráter político da atuação de Sergio Moro e Deltan Dallagnol à frente da Lava Jato. Em 2022, o ex-juiz foi eleito senador pelo União Brasil do Paraná, enquanto o ex-procurador conseguiu uma vaga na Câmara dos Deputados pelo Podemos paranaense.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, Gilmar relembrou a tentativa da Lava Jato de criar um fundo privado a fim de gerir o dinheiro devolvido pela Petrobras. A conta bancária controlada pelo Ministério Público Federal já havia recebido um aporte de 2,56 bilhões de reais, pagos graças a acordo que livrou a estatal das pendências com a Justiça americana. Ante a repercussão, a força-tarefa desistiu da articulação.

“Eu só não adivinhei que eles (Moro e Deltan) estavam montando uma máquina inclusive para fazer dinheiro. Porque a Fundação Dallagnol ia manejar 2,5 bilhões com dinheiro público para fazer política, que eles diziam ‘combate à corrupção’. Era política”, declarou o magistrado.

Segundo Gilmar Mendes, Moro e Deltan “teriam um fundo eleitoral maior que os fundos eleitorais dos partidos políticos”.

“E o fato de eles terem se candidatado – Moro inicialmente indo para o governo Bolsonaro, que ele ajudou a eleger – é a prova inequívoca de que o projeto era político-partidário.”

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