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Moraes pede à PF ‘todos os dados’ de líderes das manifestações golpistas nas rodovias

O magistrado atendeu a um pedido da Confederação Nacional dos Transportes, protocolado nesta quinta

Moraes pede à PF ‘todos os dados’ de líderes das manifestações golpistas nas rodovias
Moraes pede à PF ‘todos os dados’ de líderes das manifestações golpistas nas rodovias
Manifestação golpista na Região Metropolitana de Florianópolis (SC). Foto: Anderson Coelho/AFP
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta quinta-feira 03 que a Polícia Federal informe ao Supremo todos os dados sobre os líderes das manifestações golpistas nas rodovias federais. No despacho, Moraes pede a identificação dos donos dos veículos utilizados para os bloqueios.

“Em vista do exposto, determino à Polícia Federal que providencie a remessa aos autos da presente ação de todas as informações disponíveis sobre a identificação dos líderes das ações ilícitas em curso, em especial a identificação dos proprietários dos veículos utilizados nos referidos bloqueios”, escreveu.

O magistrado atendeu a um pedido da Confederação Nacional dos Transportes, protocolado nesta quinta. A CNT pede ao STF que os veículos sejam identificados, apreendidos e que, caso empresas sejam identificadas na ação, tenham suas garagens interditadas e lacradas. A entidade argumentou que as medidas ajudariam “a restaurar a ordem pública, superar a omissões de autoridades públicas e responsabilizar aqueles que atuam contra a democracia brasileira”.

Desde a madrugada da segunda-feira 31, manifestantes golpistas fecham trechos de rodovias federais pelo País em protesto contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no domingo 30. Atendendo a um outro pedido da Confederação Nacional dos Transportes, Moraes determinou, no início da semana, que a PF e a Polícia Rodoviária Federal desbloqueassem as vias.

Mais cedo, o ministro deu o prazo de 48 horas para que a PRF detalhe as multas aplicadas durante as operações de liberação dos trechos de rodovias federais bloqueadas por manifestantes bolsonaristas.

CartaCapital procurou a Polícia Federal, que até o momento não se manifestou.

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