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Moraes manda soltar mais dois policiais da cúpula da PMDF envolvidos no 8 de Janeiro

Os militares eram os últimos presos no âmbito de uma ação que apurava omissão no âmbito dos atos golpistas

Moraes manda soltar mais dois policiais da cúpula da PMDF envolvidos no 8 de Janeiro
Moraes manda soltar mais dois policiais da cúpula da PMDF envolvidos no 8 de Janeiro
O ministro do STF Alexandre de Moraes. Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF
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O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou a soltura de mais dois policiais da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal envolvidos nos atos antidemocráticos d0 8 de Janeiro, em Brasília.

O magistrado expediu alvará de soltura, a ser cumprido no prazo de 48 horas, a favor do major Flávio Silvestre de Alencar, e do tenente Rafael Pereira Martins.

Os dois eram os únicos que continuavam presos entre os réus de uma ação que apura omissão no âmbito dos atos golpistas; outros cinco réus na mesma ação já haviam sido liberados.

De acordo com o ministro, “não mais se justifica a segregação cautelar, seja para a garantia da ordem pública, seja para conveniência da instrução criminal, pois não presente a possibilidade atual de reiteração do crime e inexistente o risco de interferência na produção probatória”.

Moraes, no entanto, deferiu medidas cautelares aos policiais, como uso de tornozeleiras eletrônicas, a proibição de emitirem passaportes e suspensão do porte de arma.

Alencar chegou a ser preso duas vezes pela Polícia Federal, no âmbito das investigações dos atos golpistas. Ele encontrava-se detido desde maio do ano passado, no âmbito da 12ª fase da Operação Lesa Pátria.

Mensagens encontradas em investigações da PF mostraram Flávio enviando, em um grupo de PMs, a afirmação: “Na primeira manifestação, é só deixar invadir o Congresso”, durante os atos antidemocráticos contra o resultado das eleições de 2022, em Brasília.

Já Martins foi detido em agosto, quando houve uma operação contra os sete integrantes da cúpula da PM-DF — incluindo Alencar, que foi alvo de novo mandato de prisão.

A Procuradoria Geral da República ofereceu denúncia contra a cúpula da PM-DF, e os integrantes viraram réus no STF em fevereiro. Eles foram acusados dos mesmos crimes atribuídos aos chamados executores dos atos golpistas: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado pela violência e grave ameaça, além de violação dos deveres impostos a policiais.

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