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Moraes cobra manifestação da PGR sobre conclusão de que Bolsonaro não interferiu na PF
A PF também afirmou não ser possível imputar crime ao ex-ministro da Justiça Sergio Moro pelas acusações feitas a Bolsonaro


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta quarta-feira 27 que a Procuradoria-Geral da República se manifeste sobre o relatório da Polícia Federal no inquérito que apura possível interferência do presidente Jair Bolsonaro na corporação.
No fim de março, a PF encaminhou ao STF um relatório em que concluiu que Bolsonaro não cometeu crimes por meio de nomeações e de tentativas de mudanças de cargos na corporação. A PF também apontou não ser possível imputar crime ao ex-ministro da Justiça Sergio Moro pelas acusações feitas a Bolsonaro em seu pronunciamento de demissão do cargo, em abril de 2020.
“Abra-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República, para manifestação”, diz o despacho de Moraes nesta quarta. Assim, caberá à PGR pedir o arquivamento do caso, solicitar novas diligências ou oferecer uma denúncia.
O inquérito foi aberto logo após a saída de Moro do governo, a fim de apurar as acusações de que Bolsonaro demitiu o diretor-geral da PF Maurício Valeixo por ter interesse em interferir e obter informações de investigações em curso.
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