O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, atribuiu a paralisação de caminhoneiros no 7 de setembro contra os ministros do Supremo Tribunal Federal à atuação de empresários do agronegócio e transportes.
“Não foi um movimento de caminhoneiros, mas político. Tinha outros agentes usando caminhão, como empresários de transporte e do agronegócio”, afirmou o titular da pasta em entrevista ao podcast A Malu Tá On, da jornalista Malu Gaspar, de O Globo.
O movimento de paralisação começou depois que o presidente Jair Bolsonaro discursou no 7 de setembro contra instituições como o STF e TSE. O ex-capitão inclusive chegou a dizer que ele não mais acataria as decisões do ministro Alexandre de Moraes que, no âmbito do inquérito das fake news, determinou a prisão de bolsonaristas como Roberto Jefferson e do caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, um dos que mais incentivou a paralisação da categoria.
Para desmobilizar os caminhoneiros, Bolsonaro recuou do que proferiu no dia da Independência e, em parceria com o ex-presidente Michel Temer, soltou uma nota enaltecendo as qualidades de Moraes, a quem chegou a ofender pessoalmente, e pedindo diálogo entre os Poderes. O presidente chegou a gravar um vídeo aos manifestantes para que acreditassem que o pedido de liberação das rodovias vinha do Executivo.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login