O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, comparou invasões de terras produtivas aos ataques golpistas de 8 de janeiro, em coletiva de imprensa nesta terça-feira 2, junto à Frente Parlamentar da Agropecuária.
As declarações ocorrem após reações negativas de produtores rurais às ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, especialmente no mês de abril, quando houve mobilizações pelo Dia da Reforma Agrária. Acusado de invadir terras produtivas, o MST chama os atos de “ocupações” e pressiona o governo federal a avançar em políticas de titulação de terras a cerca de 100 mil famílias.
“O direito e o sonho de um pedaço de terra para aqueles homens e mulheres que têm vocação em produzir alimentos é legítimo, um plano nacional de reforma agrária é legítimo, dentro dos rigores da lei”, afirmou. “Tudo o que transpassa os rigores da lei não tem o meu apoio e nunca terá. E considero invasão de terra produtiva tão danosa e tão criminosa como a invasão do Congresso Nacional.”
CartaCapital procurou o MST para se manifestar, mas ainda não obteve resposta.
A declaração já havia sido dada na semana passada, em um evento com ex-ministros da Agricultura. Fávaro, no entanto, tem dito que espera que o tema não se torne motivo para “palanque político”, por ocasião da instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a atuação do MST, na semana passada.
No dia 30 de abril, o governo federal confirmou a inclusão do MST no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conhecido como “conselhão”.
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