Em meio a uma escalada de operações policiais que vitimaram ao menos 50 pessoas a Bahia, no Rio e em São Paulo, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania acompanha a situação nos estados.
Uma semana depois, as incursões vitimaram ao menos 56 pessoas. A operação mais letal ocorreu na Bahia, com 30 mortes confirmadas. Outras 16 mortes foram confirmadas na Baixada Santista e mais dez no Complexo da Penha, no Rio.
Na última semana, organizações sociais, parlamentares e uma comitiva do ministério dos Direitos Humanos foram a região para tomar depoimento dos moradores afetados pela operação.
O ouvidor das Polícias de São Paulo, Claudio Aparecido, sugeriu um acompanhamento ainda mais próximo. Aparecido chegou a convidar, tanto Almeida, quanto o ministro da Justiça, Flávio Dino, para visitarem a região, mas as pastas não informam nenhuma previsão, até o momento, da ida deles à Baixada Santista.
Após o acompanhamento da Ouvidoria de Direitos Humanos, os casos podem prosseguir para o Ministério Público, ou até mesmo para a Polícia Federal, para a responsabilização dos envolvidos e novas apurações. Não há data prevista para a conclusão das investigações.
Ameaças e racismo
Porta-voz das denúncias na Baixada Santista, Claudio Aparecido foi ameaçado de morte de morte por um policial penas e alvo ataques racistas. A ocorrência foi registrada no Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa.
O ministro Silvio Almeida disse estar acompanhando de perto o caso. “Eu tenho falado com ele frequentemente, falei com ele ontem por telefone. A gente vai conversar e fazer o que for necessário destrancar esse tipo de coisa”, disse o ministro Silvio Almeida a CartaCapital nesta segunda-feira 7. “Tudo que tiver ao meu alcance e dentro da minha competência, eu vou fazer. Estou bem atento a esse caso e o Claudinho tem todo o meu apoio.”
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