Ministério Público pede soltura de flamenguista suspeito de atirar garrafa em Gabriela Anelli

O Ministério Público de São Paulo pediu, na manhã desta quarta-feira 12, pela soltura do torcedor flamenguista, Felipe Xavier Santiago, preso após a morte da torcedora palmeirense Gabriela Anelli, que foi atingida por estilhaços de uma garrafa de vidro.

O rapaz, de 26 anos, foi indiciado pela Polícia Civil de São Paulo por homicídio doloso consumado.

Segundo o promotor Rogério Leão Zagallo, as provas não cravam que Santiago atirou uma garrafa de vidro contra a torcedora.

“Ao que tudo está a indicar, a garrafa que teria gerado a morte de Gabriella não foi lançada por Santiago, mas por esse torcedor que apresentava o rosto barbado e vestia camisa cinza”, defende Leão, ao pedir a soltura do rapaz.

Em seu pedido à Justiça, o promotor também pede que a investigação seja repassada para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), também da Polícia Civil, por entender que a Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade) perdeu a credibilidade para seguir à frente do caso.

“Por outro lado, para além da inexistência da confissão anunciada pelo Delegado de Polícia César Saad, as imagens que aportaram nesta Promotoria de Justiça evidenciam a necessidade de que a investigação prossiga”, afirmou o promotor.

Além de Felipe Santiago, a Polícia investiga ao menos dez pessoas que jogaram garrafas durante a briga entre torcedores de Flamengo e Palmeiras, no último sábado 8, nos arredores do Allianz Parque.

O delegado César Saad afirmou que as imagens do episódio estão sendo avaliadas por um setor de inteligência que usa de ferramentas de reconhecimento facial para apontar os envolvidos. Saad ainda apontou que os identificados irão responder individualmente por possíveis crimes cometidos. Um dos investigados é um torcedor de barba citado pelo promotor Leão em seu pedido de soltura do torcedor do Flamengo. Ele vestia camiseta branca e foi flagrado em vídeos atirando um objeto contra a torcida do Palmeiras.