CartaExpressa

‘Militares não são cúmplices, são coautores’, diz Mandetta

O ex-ministro da Saúde destacou que a nota das Forças Armadas é uma ameaça clara de golpe

Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta - Foto: Sérgio Lima/AFP
Apoie Siga-nos no

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou em entrevista ao portal Metrópoles que os militares têm participação direta nas mais de 530 mil mortes por Covid-19 no Brasil.

Para Mandetta, há uma relação do que chamou de ‘ocupação militar burra’ no Ministério da Saúde com as mortes no País. “Os militares não são cúmplices, são coautores”, disse.

Na declaração, o ex-ministro se refere principalmente à atuação dos militares na aquisição de vacinas.

“Eu só escuto coronel fulano, general não sei o quê. Eles são os responsáveis, sim. Eles mandaram membros da ativa do Exército para cumprir essa missão [comprar vacinas]. E me parece que essa missão está eivada de vícios”, explica.

Mandetta diz ainda que seu ex-chefe, o presidente Jair Bolsonaro, está querendo inflar uma ameaça de golpe militar no País.

“O Brasil está um barril de pólvora, com álcool, palha, gasolina, e o Bolsonaro está querendo fumar. Todo dia ele fala que não vai ter eleição, que a urna não presta, que é o meu Exército”, se referindo ao episódio da nota das Forças Armadas dizendo que não aceitarão ‘ataques levianos’ da CPI.

“[A nota é] desproporcional e extremamente agressiva ao Senado da República. Foi uma ameaça”, classifica o ex-ministro.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar