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Militares apostaram no caos que daria o poder de intervir, diz Gilmar a jornal alemão

O ministro relembrou a estratégia de Bolsonaro de colocar em xeque o sistema eleitoral, com o apoio do Ministério da Defesa

O ministro Gilmar Mendes, decano do STF. Foto: Carlos Moura/SCO/STF
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O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal, afirmou que a militarização do Estado e a politização das forças de segurança sob o governo de Jair Bolsonaro (PL), aliados ao envolvimento de integrantes das Forças Armadas no “acompanhamento” do processo eleitoral de 2022, representaram uma ameaça jamais vista pelo Brasil desde a redemocratização.

A declaração foi concedida em entrevista ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung publicada nesta quinta-feira 3.

O magistrado relembrou a estratégia de Bolsonaro de colocar em xeque, sem provas, o sistema eletrônico de votação, com o apoio do Ministério da Defesa – à época chefiado pelo general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ex-comandante do Exército.

“Alguns segmentos do Exército o apoiaram, como sabemos hoje”, disse Gilmar. “Eles estavam apostando no caos que lhes teria dado o poder de intervir. Mas eles estavam em minoria. Não creio que a maioria da população teria apoiado um golpe, nem mesmo entre os apoiadores de Bolsonaro.”

A reportagem de capa da edição desta semana da revista CartaCapital informa que a Procuradoria-Geral da República dá os últimos retoques na denúncia por tentativa de golpe de Estado que pode levar Bolsonaro à cadeia. Assinantes podem ler a versão impressa ou a digital.

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