Militar alvo da PF por trama golpista pede a Moraes novo depoimento

Na primeira oitiva, o tenente-coronel do Exército Ronald Ferreira de Araújo Júnior ficou em silêncio

O ministro do STF Alexandre de Moraes. Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF

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O tenente-coronel do Exército Ronald Ferreira de Araújo Júnior solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, um novo depoimento à Polícia Federal. Em 22 de fevereiro, na primeira oitiva sobre a trama golpista para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder após a derrota para Lula (PT), o militar ficou em silêncio.

A petição chegou a Moraes nesta quarta-feira 3. Antes, os advogados tentaram obter uma nova chance diretamente com a PF, sem sucesso.

Lotado no Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército, Araújo Júnior foi um dos alvos da Operação Tempus Veritatis, que também atingiu Bolsonaro, ex-ministros e ex-assessores investigados por tentativa de golpe de Estado.

Segundo as investigações, Araújo Júnior recebeu do tenente-coronel Mauro Cid, então braço direito de Bolsonaro, documentos intitulados Levantamento de ações do TSE em desfavor do candidato Jair Bolsonaro e Levantamento de ações no STF em desfavor do governo federal. A PF avalia os arquivos como “possível complemento da minuta de decretação do estado de exceção, para reverter a ordem jurídica do País”.

Agora, a defesa sustenta a Moraes que Araújo Júnior deseja explicar “suas conversas e seu relacionamento com o tenente-coronel Mauro Cid e os demais investigados, de forma clara e objetiva”.

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1 comentário

joao medeiros 3 de abril de 2024 21h23
Está gente desesperada criaram uma cpi para imputar ao lula e dino a responsabilidade dos atos golpistas. Tem que tomar cuidado com as iniciativas destes criminosos perigosos e subversivos.

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