CartaExpressa

Michelle Bolsonaro vai à Justiça contra Joice Hasselmann por difamação

O processo tramita no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

Michelle Bolsonaro vai à Justiça contra Joice Hasselmann por difamação
Michelle Bolsonaro vai à Justiça contra Joice Hasselmann por difamação
Reprodução/redes sociais
Apoie Siga-nos no

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro está processando a ex-deputada Joice Hasselmann por suposta difamação. O caso envolve declarações feitas pela jornalista em podcasts veiculados nos últimos meses.

Num deles, Hasselman disse que a esposa de Jair Bolsonaro (PL) era “uma grande farsa” e teria iniciado o relacionamento com o ex-presidente quando ele era casado com outra mulher.

O processo tramita no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios. Na petição inicial, Michelle defendeu a retirada dos vídeos nos quais a ex-deputada fez as declarações, bem como o pagamento de indenização por danos morais, fixada em 20 mil reais.

“A Michelle não é nada daquilo, aquela mocinha, santinha, que vai lá pregar. A Michelle é um horror”, afirmou a ex-deputada, em 28 de agosto, ao Content Podcast. O conteúdo tem mais de 53 mil visualizações.

Em 19 de junho, a juíza Thaís Araújo Correia, da 17ª Vara Cível de Brasília, negou o pedido de liminar da defesa para a retirada do vídeo do YouTube. Ela alegou que eventual excesso no exercício do direito à liberdade de expressão deve ser analisado após o adequado contraditório e instrução processual. E intimou Joice a prestar esclarecimentos sobre o caso.

No despacho, a magistrada frisou que a ex-primeira-dama é figura pública – neste sentido, escreveu, a vida privada e a intimidade dos agentes públicos “sofrem natural mitigação frente à liberdade de informação e suas prerrogativas inerentes de opinar e criticar”. Além disso, mencionou o princípio da proporcionalidade ao negar a liminar.

“A limitação do direito à expressão em razão da possível afronta ao direito de proteção à imagem e à honra exige uma análise das circunstâncias concretas. Diante do conflito entre os direitos constitucionais, cabe ao magistrado se utilizar do princípio da proporcionalidade e ponderar os interesses em conflito e dar prevalência àquele que for mais justo ao caso.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo