Uma nova previsão do mercado financeiro, divulgada nesta segunda-feira 12 no Boletim Focus, reduz mais uma vez a previsão de inflação no País em 2023. Segundo o documento, a nova estimativa é de que o IPCA seja de 5,42% neste ano. A previsão na semana passada apontava para um índice de 5,69%. Há um mês, a expectativa do mercado era de que o IPCA fosse de 6,03% em 2023.
Apesar do otimismo pela quarta semana consecutiva, a previsão apontada pelo documento ainda é maior do que a meta estipulada, de até 3,25%, com variações permitidas entre 1,75% e 4,75%.
O documento, que é divulgado semanalmente pelo Banco Central a partir de análises de mais de 100 instituições financeiras, também aponta um otimismo maior do mercado financeiro com o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. A previsão é de que a economia feche 2023 com um crescimento de 1,84%. Na semana anterior a estimativa era de 1,68%. Há um mês, o Focus indicava crescimento de apenas 1,02%. O crescimento está em linha com o que o governo federal prevê.
Os resultados desta segunda, novamente, ampliam a pressão de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, para reduzir a taxa de juros praticada no País. Atualmente a Selic está fixada em 13,75%, apesar da desaceleração da inflação e dos cenários positivos apontados pelos analistas. No dia 20 deste mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne novamente para tratar do tema. Não há, porém, sinalizações de que a taxa deve ser modificada.
Segundo os analistas indicaram ao BC no Boletim Focus, a estimativa é de que a Selic feche o ano em 12,5%. A estimativa, neste caso, é a mesma há diversas semanas. As previsões mais otimistas indicam que uma queda na Selic é esperada para agosto.
Até aqui, importante registrar, os resultados oficiais têm superado a expectativa do mercado financeiro. Na semana passada, por exemplo, a inflação desacelerou em um patamar bem maior do que o apontado pelos principais rentistas. O PIB também teve um balanço mais positivo do que o esperado pelos investidores.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login