CartaExpressa
Mendonça defende abertura de igrejas e templos e diz que cristãos ‘estão dispostos a morrer pela liberdade’
Chefe da AGU se manifestou na abertura de sessão do STF que analisará o tema


O advogado-geral da União, André Mendonça, defendeu nesta quarta-feira 7 no Supremo Tribunal Federal a liberação de celebrações religiosas presenciais, mesmo em meio ao pior momento da pandemia de Covid-19 no País.
“Não há Cristianismo sem vida comunitária, sem a casa de Deus e sem o ‘dia do Senhor’. Por isso, os verdadeiros cristãos não estão dispostos jamais a matar por sua fé, mas estão sempre dispostos a morrer para garantir a liberdade de religião e de culto”, disse Mendonça na abertura da sessão no STF.
Segundo ele, “não estamos tratando de um debate sobre vida e morte”. O chefe da AGU também voltou a citar a lotação nos transportes públicos como uma suposta justificativa para a realização das atividades religiosas.
“Como estão nossos ônibus, nossos trens, nosso transporte aéreo? Nossas secretárias do lar continuam a passar duas horas nos ônibus, trens e metrôs superlotados para estarem nos servindo em nossos lares”, acrescentou.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.