O médico Luiz Carlos Buarque de Gusmão, que utilizou a imagem de uma mulher nua durante um curso, em Maceió (AL), foi desligado do Hospital Geral do Estado.
Segundo fontes ouvidas por CartaCapital, que acompanham o episódio, a imagem teria sido utilizada para afirmar que ‘médicos seriam tratados como prostitutas’. O caso está sendo apurado pelo Conselho Regional de Medicina de Alagoas em uma sindicância.
A aula em questão ocorreu no último sábado 5 e gerou questionamentos dos estudantes presentes, que apontaram a falta de conexão da imagem usada pelo médico com o conteúdo proposto na apresentação.
O caso ganhou notoriedade após publicações em redes sociais. Nas mensagens, internautas questionaram o uso da imagem inapropriada. Uma das postagens com o maior número de visualizações apontava o desrespeito com as mulheres, mas foi apagada após a autora sofrer ameaças.
A organizadora do curso, a empresa Casa da Palavra, emitiu, na segunda, uma nota em que lamenta o episódio, classificado no texto como lamentável. Gusmão já havia participado de outras edições do evento. No comunicado, a empresa diz que o médico foi afastado do curso em andamento e que não participará das próximas edições.
CartaCapital também procurou o hospital para mais esclarecimentos sobre as investigações ainda em aberto por assédio moral e conduta irregular, mas ainda não obteve resposta. O espaço segue aberto.
Questionado por CartaCapital sobre as investigações ainda em aberto contra Gusmão por assédio moral e conduta irregular, o HGE optou por apenas confirmar o desligamento do médico do corpo clínico.
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