O secretário especial da Cultura, Mario Frias, contratou sem licitação uma empresa sem funcionários e com sede em uma caixa postal dentro de um escritório virtual. O contrato é de 3,6 milhões de reais. As informações são do jornal O Globo.
De acordo com o veículo, a Construtora Imperial Eireli, da Paraíba, deve prestar serviços de conservação e manutenção do Centro Técnico Audiovisual, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro. A empreiteira virtual pertence a Danielle Nunes de Araújo, que chegou a se inscrever para receber o auxílio emergencial em 2020.
Ao Globo, Araújo não soube fornecer detalhes dos serviços para os quais foi contratada. Limitou-se a dizer que seria para “demolir e reconstruir um prédio lá no Rio”.
Além disso, conforme dados do Ministério da Economia, a Imperial não registrou qualquer funcionário em sua última declaração da Relação Anual de Informações Sociais, entregue em 2019, ano de sua fundação. A empresa jamais prestou serviços para o governo federal.
A Secretaria de Cultura não respondeu aos questionamentos do jornal.
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