O rapper Marcelo D2 e o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, tentarão derrubar ainda neste domingo 27 a decisão do ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral, que proíbe manifestações políticas no Lollapalooza, realizado neste final de semana em São Paulo.
D2, que se apresenta neste domingo no festival, concedeu uma procuração a Kakay, que deve correr contra o relógio para recorrer ao próprio TSE e ao Supremo Tribunal Federal. À Folha de S.Paulo, o criminalista declarou que a decisão em vigor “é claramente inconstitucional e arbitrária, uma ofensa à liberdade de expressão e à manifestação artística”.
No início deste domingo, Raul Araújo acolheu o pedido do PL pela proibição de manifestações políticas durante as apresentações do Lolla. Na representação, a sigla de Jair Bolsonaro mencionava a apresentação da cantora Pabllo Vittar. Na sexta 25, antes de deixar o palco, ela pegou uma bandeira vermelha com o rosto de Lula. Em outros momentos, fez o sinal da letra L com a mão.
Em sua decisão, o ministro do TSE entendeu que “a manifestação exteriorizada pelos artistas durante a participação no evento, tal qual descrita na inicial, e retratada na documentada anexada, caracteriza propaganda político-eleitoral”.
Apesar da censura, alguns artistas, como Lulu Santos, protestaram contra a decisão:
Lulu Santos: ‘Censura nunca mais’ pic.twitter.com/ECWhiCCF4X
— CartaCapital (@cartacapital) March 27, 2022
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