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Marçal minimiza omissão de R$ 22 milhões de seu patrimônio em declaração ao TSE: ‘Erro simples’
Candidato da extrema-direita disse que a discrepância nas informações prestadas à Justiça Eleitoral seria apenas um erro de digitação do contador


O candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), minimizou a revelação de que ele omitiu ao menos 22 milhões de reais do seu patrimônio na declaração de bens entregue ao Tribunal Superior Eleitoral. O caso foi divulgado pelo site UOL nesta terça-feira 13.
Segundo o coach, no entanto, a omissão milionária não passaria de ‘um erro simples’, causado por um problema de digitação. “Coisa de contador”, resumiu o candidato ao site após a repercussão do tema.
Conforme mostrou a publicação, Marçal omitiu uma empresa e declarou outras duas por valores menores dos que os registrados na Receita Federal.
Ele declarou à Justiça um patrimônio de 193,5 milhões de reais. No entanto, ao considerar os valores omitidos, o valor real subiria a 215 milhões de reais.
De acordo com o site, entre as irregularidades identificadas estão as empresas Marçal Participações e Marçal Holding, que foram declaradas ao TSE com valores inferiores aos registrados na autoridade fiscal. Além disso, Marçal não incluiu na declaração a Flat Participações, empresa na qual é sócio e que atua no setor imobiliário.
Há, ainda, outras 13 empresas administradas por Marçal não citadas na declaração por estarem em nome de uma holding.
A omissão de bens, vale salientar, pode ser considerada como um crime de declaração falsa ou, em casos mais graves, de falsidade ideológica. O coach indicou, porém, que deve corrigir o documento no prazo permitido pela Justiça.
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