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Manifestantes ocupam prédio do Ministério da Saúde em São Paulo

‘Famílias vivendo nas ruas da cidade mais rica do Brasil e o governo Tarcísio de Freitas preocupado com propriedade abandonada’, escreveu o grupo em rede social

Manifestantes ocupam prédio do Ministério da Saúde em São Paulo
Manifestantes ocupam prédio do Ministério da Saúde em São Paulo
Foto: Reprodução
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Manifestantes do grupo Frente de Luta por Moradia ocuparam no noite de sábado 25, um antigo prédio do Ministério da Saúde, no centro de São Paulo. A FLM alega que o imóvel está sem uso há anos. 

Segundo o grupo, a Polícia Militar dispersou crianças, mulheres, idosos, adolescentes e outras dezenas de participantes com spray de gás e pimenta. Os integrantes deixaram o edifício. 

“A PM usou da força repressiva para oprimir famílias que lutam pelo direito à moradia. A polícia militar do governo Tarcísio de Freitas desconhece que este prédio pertence à União e segue sem função social?”, escreveu o movimento nas redes sociais. “Famílias vivendo nas ruas da cidade mais rica do Brasil e o governo Tarcísio de Freitas preocupado com propriedade abandonada”.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo foi procurada mas não se manifestaram até o momento. O Ministério da Saúde disse, em nota, que não compactua com conduta aplicada contra mulheres e crianças, e diz que tem reunião marcada com o movimento para a próxima segunda-feira 27.

Leia a íntegra:

“O Ministério da Saúde, por meio da sua  Superintendência em São Paulo, está em contato com as lideranças do movimento Frente de Luta por Moradia (FLM) desde o início da noite de sábado (25), quando foi informado da movimentação.
No diálogo com as lideranças foi solicitada a desocupação do prédio, onde funciona parte da estrutura da superintendência que ainda não foi migrada para a nova sede na capital. O pedido foi atendido prontamente, sem resistência, e está prevista reunião com as lideranças do movimento nesta segunda-feira (27).
Vale ressaltar que, em nenhum momento, o Ministério da Saúde acionou as forças policiais e que não pactua com a conduta aplicada contra mulheres e crianças que estavam no local. Foi solicitado, inclusive, que a ação ocorresse sem uso da violência, visto que já havia sido acordado a desocupação do prédio de forma pacífica”.

 

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