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Malafaia ataca ex-ministro de Bolsonaro que se negou a assinar o pedido de impeachment de Moraes

O senador Ciro Nogueira, presidente do PP, justificou não querer endossar uma ‘pauta impossível’; o pastor, considerado um conselheiro de Bolsonaro, diz que o parlamentar é um ‘traidor’

Malafaia ataca ex-ministro de Bolsonaro que se negou a assinar o pedido de impeachment de Moraes
Malafaia ataca ex-ministro de Bolsonaro que se negou a assinar o pedido de impeachment de Moraes
Racha no bolsonarismo: Silas Malafaia ataca Ciro Nogueira por falta de apoio ao pedido de impeachment de Moraes. Fotos: Isac Nóbrega/PR e Pedro França/Agência Senado
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O pastor Silas Malafaia, considerado um conselheiro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), subiu o tom e atacou, nas redes sociais, o senador Ciro Nogueira, presidente do PP e ex-ministro da Casa Civil no governo do ex-capitão. O racha na extrema-direita foi causado pela negativa do político em assinar um pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

A negativa foi explicada por Nogueira na quarta-feira 6. Segundo defendeu o parlamentar, a destituição do magistrado é uma ‘pauta impossível’. “Não assinei e não vou assinar. […] Não perco tempo com pautas que não vão ter sucesso”, afirmou em entrevista ao site Metrópoles.

Para Malafaia, porém, o ex-ministro de Bolsonaro seria um ‘traidor’ por se negar a participar da empreitada da extrema-direita contra Moraes. “Senador Ciro Nogueira. Você é um traidor!”, escreveu o pastor em seu perfil. “Essa sua conversa fiada em dizer que não assina o impeachment do ditador Alexandre de Moraes porque não vai ter o voto de 52 senadores, é o seu joguinho político psicológico, para outros senadores não assinarem e você fazer graça para seus amiguinhos do STF. Você é uma raposa e um camaleão na política”, concluiu.

Nogueira não respondeu aos ataques do pastor.

Bolsonaristas, nos últimos dias, partiram para uma espécie de tudo ou nada e ocuparam os plenários da Câmara e do Senado no início da semana. O grupo tem como objetivo declarado pressionar pela votação da anistia golpistas do 8 de Janeiro e pela abertura do processo de impedimento de Moraes — decisão que cabe ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), segundo a Constituição.

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