CartaExpressa
Mãe de Kathlen Romeu reclama de lentidão do MP para elucidar a morte da filha
A jovem foi morta em uma comunidade do Rio de Janeiro, no ano passado, após ser atingida por um tiro que partiu de um policial militar


A mãe de Kathlen Romeu, morta em junho de 2021 após ser alvo de um tiro que partiu da Polícia Militar no Rio de Janeiro, critica a lentidão com que as investigações são conduzidas. Até aqui, o Ministério Público estadual não apresentou nenhuma denúncia à Justiça pelo homicídio.
Jackeline Lopes declarou que o promotor responsável pela investigação, Alexandre Murilo Graça, foi ‘frio, seco e desumano’ durante um encontro. A mãe também disse que o promotor levantou a possibilidade de arquivar o caso. As declarações foram dadas ao UOL.
Em dezembro, a Polícia Civil concluiu um inquérito em andamento e apontou que o tiro que matou Kathlen partiu da arma de um policial militar não identificado. Naquele mês, o MP-RJ denunciou à Auditoria da Justiça Militar cinco policiais militares por fraude processual e um deles por omissão, sob o entendimento de que antes da chegada da perícia, quatro agentes modificaram a cena do crime. A primeira audiência em relação a essa denúncia acontece na segunda-feira 11.
A 4ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal, de Alexandre Murilo Graça, é responsável por investigar o homicídio, enquanto a Justiça Militar investiga eventuais fraudes.
Em nota ao UOL, o promotor disse compreender a dor da mãe após a perda da filha e reafirmou seu compromisso com a solução do caso.
Alegou, ainda, que “a apresentação de uma inicial acusatória mal instruída, não completa, traz como consequência prejuízos não somente para as partes, mas também para toda a sociedade, em sua busca por Justiça”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Polícia conclui que Kathlen Romeu, morta no Rio, foi baleada por um PM
Por CartaCapital
‘Que motivo eu teria para matar Marielle?’, pergunta Bolsonaro ao comentar o caso Adriano da Nóbrega
Por CartaCapital