CartaExpressa

Lula revoga decreto de Bolsonaro que incentivava ‘escolas especializadas’ para alunos com deficiência

Proposta do ex-capitão contrariava o princípio da inclusão desses alunos em escolas regulares e era criticada por especialistas

Lula revoga decreto de Bolsonaro que incentivava ‘escolas especializadas’ para alunos com deficiência
Lula revoga decreto de Bolsonaro que incentivava ‘escolas especializadas’ para alunos com deficiência
Foto: Reprodução
Apoie Siga-nos no

O presidente Lula (PT) revogou um decreto do ex-presidente Jair Bolsonaro de 2020 que incentivava o atendimento de estudantes com deficiência em escolas especializadas, que ficou conhecido entre críticos como o ‘decreto da exclusão’. A revogação foi publicada na edição do Diário Oficial da União desta segunda-feira 2.

O decreto 10502/20, assinado por Bolsonaro, previa que estudantes com deficiência pudessem ser atendidos em instituições e classes especializadas, o que vai contra o princípio da inclusão desses alunos em escolas regulares, convivendo com outras crianças e adolescentes.

A normativa, criada para estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, já tinha sido suspensa pelo plenário do Supremo Tribunal Federal no mesmo ano da criação, pelo entendimento de que o decreto poderia fundamentar políticas públicas que fragilizam a inclusão de alunos com necessidades especiais. Os ministros avaliaram uma ação movida pelo PSB, que afirmava que o decreto violava o direito à educação inclusiva.

A decisão pela revogação é do decreto 11.370/23, que leva a assinatura de Lula e dos ministros da Educação, Camilo Santana, e dos Direitos Humanos, Silvio Luiz de Almeida.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo