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Lula reagiu com ‘surpresa e indignação’ ao ser informado sobre plano de assassinato, diz diretor da PF

Andrei Rodrigues foi o responsável por informar Lula sobre a operação que prendeu quatro militares e um ex-segurança do petista

Lula reagiu com ‘surpresa e indignação’ ao ser informado sobre plano de assassinato, diz diretor da PF
Lula reagiu com ‘surpresa e indignação’ ao ser informado sobre plano de assassinato, diz diretor da PF
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. Foto: Jose Cruz/Agência Brasil
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“Surpresa e indignação” foi o que sentiu o presidente Lula (PT) ao saber do plano montado por militares bolsonaristas para matá-lo após as eleições de 2022. A reação do presidente foi descrita por Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal, nesta terça-feira 19. Foi ele o responsável por comunicar o petista sobre operação que prendeu quatro militares nas primeiras horas da manhã.

“Comuniquei ao presidente, por volta das 6h30, após o cumprimento das medidas, dada a gravidade dos fatos e as ameaças à sua vida e ao vice-presidente. Também comuniquei ao Alckmin. A reação do presidente foi de surpresa e indignação”, contou Rodrigues a jornalistas.

Segundo a PF, o plano estaria detalhado em um documento denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que faria parte da trama golpista apelidada pelo núcleo bolsonarista como “Copa 2022”. O objetivo era “impedir a posse do governo legitimamente eleito nas Eleições de 2022 e restringir o livre exercício do Poder Judiciário”, de acordo com a corporação.

Dos cinco presos, quatro faziam parte dos ‘kids pretos’ – o grupo de elite do Exército. Um deles é Mário Fernandes, um general que integrou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O militar seria o principal responsável pelo desenho do plano. Os fardados, relata a PF, planejavam envenenar Lula. O quinto preso era um policial federal que integrava a segurança do petista.

Depois de analisar mensagens e documentos, a PF concluiu que a ideia era assassinar Lula no dia 15 de dezembro de 2022, após o petista ser diplomado presidente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na ação, o grupo também mataria o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSD), e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

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