Em encontro com representantes do setor cultural em Porto Alegre (RS), nesta quinta-feira 2, o ex-presidente Lula (PT) reforçou o interesse em recriar o Ministério da Cultura em um possível novo governo. Em 2019, a pasta foi rebaixada pelo presidente Jair Bolsonaro à condição de secretaria especial, vinculada ao Ministério do Turismo.
“A gente não vai apenas recriar o Ministério da Cultura. A minha ideia é criar comitês culturais em todos os estados do País para que a gente possa democratizar o acesso à cultura e a participação social.”
No discurso, o petista condenou os ataques que de Bolsonaro e de seus apoiadores às produções artísticas e à Lei Rouanet, que incentiva a captação de recursos para a área.
“Eu os vejo criticando a Lei Rouanet por excesso de gasto com a cultura. ‘Cinema não pode’, ‘filme não pode’, quando tem uma peça de teatro que fala de uma coisa real da nossa vida ‘não pode’… Porque isso depõe contra a família. De que família esse cara está falando?”, questionou Lula, que emendou:
“Eu não posso admitir que uma pessoa que entrega armas em vez de livro venha falar em família. Um presidente que não faz um gesto para entregar um livro para uma criança, mas faz 50 para entregar armas a fascistas e milicianos”.
Lula ainda disse estar convencido “de que a questão cultural é uma necessidade política, econômica, cultural, uma questão de democracia do nosso Pais, uma obrigação do Estado brasileiro”.
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