CartaExpressa
Lula diz que invasão da Ucrânia foi ‘um erro histórico’, mas reforça que o Brasil não entrará na guerra
O presidente disse que conversará com Xi Jinping sobre o conflito durante sua viagem a Pequim, em março
O presidente Lula (PT) afirmou nesta quinta-feira 16 que a Rússia cometeu “um erro histórico” ao invadir a Ucrânia, mas defendeu sua decisão de não enviar munições para os tanques de Kiev, ao contrário do que sugeriu, em visita ao Brasil, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz.
Em entrevista à CNN Brasil, o petista tornou a defender a criação de um grupo de países que não estejam diretamente alinhados a um dos lados da guerra, a fim de buscar a solução para o conflito.
“Se eu vendo a munição para o canhão que a Alemanha está doando à Ucrânia, significa que o Brasil está entrando na guerra. E eu não quero entrar na guerra, mas acabar com a guerra”, afirmou Lula.
Ele mencionou, além do Brasil, Índia, China e Indonésia como países capazes de conversar com os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a fim de “parar a guerra, sentar na mesa e ver o que vai sobrar para Rússia e Ucrânia”.
Lula viajará à China na segunda quinzena de março e prometeu discutir com o presidente Xi Jinping “como a gente pode participar para acabar com essa guerra”.
Relacionadas
CartaExpressa
Senado aprova isenção do Imposto de Renda para quem recebe até 2 salários mínimos
Por CartaCapitalCartaExpressa
Lula: invasão da polícia do Equador à embaixada do México é ‘inaceitável’
Por Wendal CarmoCartaExpressa
Comissão que investiga ataque ao Capitólio convida integrantes da CPMI do 8 de Janeiro para agenda nos EUA
Por Wendal CarmoCartaExpressa
Zanin se declara impedido de julgar recurso de Bolsonaro contra multa do TSE
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.