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Lula fala o que a maioria pensa sobre o BC, mas respeitará autonomia, diz líder do governo

O presidente afirmou nesta segunda não haver ‘justificativa nenhuma’ para a Selic estar em 13,75% ao ano

Foto: Sergio Lima / AFP
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O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse nesta segunda-feira 6 que as críticas do presidente Lula (PT) à taxa básica de juros representam o que pensa a maioria do povo brasileiro. Isso não significa, diz o parlamentar, que a gestão federal tentará interferir na autonomia do Banco Central.

Nesta manhã, Lula afirmou não haver “justificativa nenhuma” para a Selic estar em 13,75% ao ano. “É só ver a carta do Copom para a gente saber que é uma vergonha esse aumento de juro e a explicação que eles deram à sociedade brasileira”, avaliou o presidente.

“O presidente está dizendo o que a maioria dos brasileiros acha: os juros no Brasil, do jeito que estão, são inibidores de investimento produtivo, de geração de emprego”, declarou Wagner à Folha de S.Paulo. “Ele não pretende desrespeitar nem o mandato, nem a autonomia do Banco Central. Não é esse o debate que está em curso.”

Wagner declarou, porém, que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), “vai dialogar o tempo todo” com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, “respeitada sua autonomia”.

A mais recente reunião do Copom ocorreu em 1º de fevereiro, quando o colegiado optou por manter a Selic em 13,75%, decisão já antecipada pelo mercado. Trata-se do maior nível desde janeiro de 2017. Nas últimas quatro reuniões, o BC decidiu não mexer no índice. Antes, foram 12 elevações seguidas.

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