CartaExpressa
Lula diz não querer ‘se meter’ no conflito entre Rússia e Ucrânia: ‘Minha guerra é contra a fome’
Segundo o presidente, é necessário ‘tirar proveito’ do fato de o Brasil não ter ‘contencioso com ninguém’
O presidente Lula afirmou nesta quinta-feira 6 que o Brasil esteve “exilado do mundo” nos últimos seis anos, em referência ao período em que o País foi governado por Michel Temer e, na sequência, por Jair Bolsonaro. Segundo o petista, é necessário “tirar proveito, porque o Brasil não tem contencioso com ninguém”.
“É por isso que eu não quero me meter na guerra da Ucrânia e da Rússia. Minha guerra é aqui, contra a fome, o desemprego, a pobreza, a desindustrialização”, disse Lula. “Por que vou me preocupar com a briga dos outros? Eu vou me preocupar com a minha briga.”
As declarações foram concedidas em uma reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, com a presença de ministros e de representantes de setores da indústria.
Em diversas ocasiões desde que iniciou seu terceiro mandato, Lula defendeu a formação de um grupo de países para intermediar a negociação pela paz entre russos e ucranianos.
Em entrevista a CartaCapital em maio, o chanceler Mauro Vieira afirmou que posição do governo é de que o primeiro passo seria a “cessação de hostilidades”, mas “as partes” ainda precisam ser convencidas a optar por essa saída.
Relacionadas
CartaExpressa
Lira diz ser ‘imprescindível’ maior participação de Lula na articulação política
Por CartaCapitalCartaExpressa
Zanin será o relator de ação do governo Lula contra desoneração da folha
Por CartaCapitalCartaExpressa
Leia na íntegra o projeto para regulamentar a reforma tributária
Por CartaCapitalCartaExpressa
TSE condena União Brasil a devolver R$ 765 mil por gastos irregulares do PSL em 2018
Por Marina VereniczApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.