CartaExpressa
Lula cumpre primeiros compromissos em Tóquio e diz querer equilibrar balança comercial com o Japão
O presidente brasileiro discursou a empresários e durante um jantar ofertado pelo imperador Naruhito
O presidente Lula (PT) cumpriu, nesta terça-feira 25, os primeiros compromissos da sua agenda em Tóquio, no Japão.
A empresários, o brasileiro afirmou trabalhar para equilibrar a balança comercial com o país asiático. Depois, diante do imperador Naruhito, afirmou esperar grande empenho do Japão na COP30, a conferência do clima que será sediada em Belém, no Pará, em novembro deste ano.
“Espero que a gente consiga convencer o Japão das coisas que o Brasil tem de bom para negociar”, disse Lula, citado em nota divulgada pelo Planalto, aos empresários brasileiros ligados à Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC). O grupo está na Ásia para tentar abrir o mercado local para a carne bovina produzida no Brasil.
“A gente tem 6 bilhões de dólares para recuperar nessa visita”, afirmou Lula sobre o desequilíbrio da balança comercial. “Obviamente que comércio exterior é via de duas mãos. A gente tem que vender e a gente tem que comprar”, concluiu.
No jantar com imperador, por sua vez, Lula optou por citar as boas relações diplomáticas entre os dois países e lembrou que os asiáticos, historicamente, lideram compromissos com a preservação ambiental e transição energética. Ao fim, o presidente afirmou contar com “o firme engajamento” do Japão na COP30.
“Suas preocupações não poderiam ser mais atuais e relevantes e […] o Brasil está comprometido com modelo de sustentabilidade baseado na inclusão social”, reforçou Lula ao imperador.
CartaCapital
Há 31 anos, a maior referência progressista em jornalismo no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
