‘Lira vai nos ajudar bastante no Congresso’, diz Márcio França, ministro de Lula

Segundo chefe da pasta de Portos e Aeroportos, o governo federal dificilmente encontrará dificuldades para aprovar projetos

O novo ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França. Foto: Evaristo Sá/AFP

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Para o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, o governo federal dificilmente encontrará grandes dificuldades para aprovar projetos no Congresso Nacional. A avaliação, diz, tem como base a figura do presidente Lula (PT) e o papel desempenhado por Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara.

“O governo tem base, mas não é mais aquele antigo formato de base, numérico. Os partidos não têm mais aquela configuração. O Lira teve o nosso apoio, tem uma ascensão importante. Não vejo dificuldade. Ele é cumpridor de palavra. Esse é um mérito muito importante. Acho que ele vai nos ajudar bastante”, disse França em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta segunda-feira 27.

“Também não sinto muita resistência no Senado. O Lula é tão jeitoso na política que é difícil imaginá-lo sem vencer um episódio no Congresso”, completou, então, sua avaliação.

De acordo com o ministro, a aceitação parlamentar da PEC da Transição, aprovada antes da posse de Lula, é um exemplo de como a atual configuração do Congresso estaria favorável ao governo petista.

Na entrevista, França também comentou a cruzada do presidente e seus aliados contra Roberto Campos Neto e a alta taxa de juros fixada pelo Banco Central. Para ele, as críticas são naturais e tem fundamento.

“A medida que a pessoa se dispõe a estar num mandato que é independente, tem que saber que também está sujeito a críticas”, defendeu. “Do nosso ponto de vista, os acertos econômicos são tão densos que fica um pouco difícil defender uma posição tão radical de manutenção do juro alto”.


“Cada vez que você reduz 1% do juro, você coloca R$ 60 bilhões a mais em possibilidades de gasto para o governo. Isso significa mais obra, mais emprego. E se eles (integrantes do Copom) estiverem errados? Porque quando a gente erra, não se elege. Quando eles erram, qual é a punição?”, questionou o ministro.

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