Um influente deputado federal, em conversa com CartaCapital na manhã deste sábado 3, disse não acreditar que as manifestações marcadas para hoje contra Jair Bolsonaro surtirão algum efeito para que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), acate algum dos mais de 100 pedidos de impeachment contra o chefe do Poder Executivo.
“Não acho que pressionem. A relação do Arthur com o governo é muito pragmática e ele não é de se mover por opinião pública”, afirmou o parlamentar que preferiu não ser identificado.
“Além disso, o Arthur tem hoje uma ascendência muito grande sobre os líderes e os deputados estão desmobilizados nos seus estados”, acrescentou.
Neste sábado, ao menos 361 atos foram confirmados contra o presidente em diversas cidades do País.
No exterior, são monitoradas mobilizações na Alemanha, Áustria, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Holanda, Irlanda, Itália, Portugal, Reino Unido e Suíça.
Os protestos foram marcados após dois atos massivos realizados em 29 de maio e 19 de julho. A 3ª manifestação ocorreria apenas em 24 de julho, mas os organizações decidiram antecipá-la após o escândalo da Covaxin.
Na quarta-feira 30, uma frente que reúne parlamentares de direita e esquerda além de movimentos sociais protocolou um superpedido de impeachment contra Bolsonaro. O movimento, que tem como objetivo pressionar Lira, ainda não foi bem sucedido.
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