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Líder do governo Bolsonaro defende nepotismo: ‘não pode ser onerado por ser parente’

A prática de agentes públicos empregarem familiares é proibida no Brasil

O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
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O líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (Progressistas-PR), defendeu a liberação do nepotismo no Brasil, que é a prática de um agente público empregar algum membro de sua família, o que é proibido.

“O poder público poderia estar mais bem servido, eventualmente, com um parente qualificado do que com um não parente desqualificado”, afirmou Barros ao Estadão.

“Só porque a pessoa é parente, então, é pior do que outro? O cara não pode ser onerado por ser parente. Se a pessoa está no cargo para o qual tem qualificação profissional, é formada e pode desempenhar bem, qual é o problema?”, completou

O STF julgou o tema em 2008 e firmou posição contrária ao nepotismo, que, segundo os magistrados, viola o princípio constitucional da impessoalidade na administração.

O regra foi criticada pelo presidente Jair Bolsonaro por diversas vezes, principalmente quando ele quis indicar seu filho para ser Embaixador do Brasil nos EUA.

Quando era deputado, Bolsonaro nomeou 13 parentes em gabinetes da família. Além disso, o clã empregou 102 pessoas com laços familiares, segundo levantamento feito pelo jornal O Globo, ao longo dos 28 anos em que o atual presidente foi parlamentar.

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