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Líder do governo aponta mudança no discurso de Lula sobre eleição de 2026: ‘Está recolocando a candidatura’

Desde a eleição, Lula vinha dizendo ter voltado para apenas um mandato, mas, segundo o senador Jaques Wagner, o próprio presidente abandonou esse discurso

Líder do governo aponta mudança no discurso de Lula sobre eleição de 2026: ‘Está recolocando a candidatura’
Líder do governo aponta mudança no discurso de Lula sobre eleição de 2026: ‘Está recolocando a candidatura’
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (e) cumprimenta o senador Jaques Wagner (d) durante um café da manhã de trabalho com o Conselho Político da Coalizão, no Palácio do Planalto. Foto: Antonio Cruz/Agencia Brasil
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O líder do governo no Senado Federal, Jaques Wagner, revelou neste domingo 2 uma mudança significativa no tom do discurso de Lula (PT) sobre a eleição de 2026. Desde o último pleito, o presidente vinha alegando ter retornado à política apenas para um mandato, mas, segundo Wagner, o petista abandonou esta ideia e poderá ser candidato em 2026.

“Ele [Lula] até já está recolocando a candidatura […]. Ele parou com essa conversa de que não é candidato. Tem muita coisa para rolar daqui até lá, mas se ele estiver com pique e vontade, provavelmente será”, disse Wagner em entrevista ao jornal O Globo.

O senador disse também que, por enquanto, não há candidatos a sucessores de Lula na atual equipe do governo. Na conversa, ironizou os apontamentos constantes de que os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil) seriam ‘herdeiros naturais’ de Lula na próxima eleição.

“Está longe e tem um hors-concours. Não adianta ficar alimentando esse negócio. Quem menos procurou foi a Dilma e acabou encontrando [a candidatura]”, destacou.

Para Wagner, a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL), decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral na sexta-feira 30, não necessariamente torna o caminho de uma reeleição mais simples para o PT. A avaliação é de que um novo candidato da direita pode gerar novas expectativas entre os eleitores.

“Poderia ser mais fácil [com Bolsonaro na disputa]. Ele é o déjà-vu. Qualquer outro candidato pode despertar expectativa de que terá as mesmas ideias ou ideologia, mas com abordagem diferente”, avaliou o parlamentar.

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