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Lewandowski rebate Barroso e cita ‘desmantelamento da economia’ pela Lava Jato: ‘Pecados mortais’

Barroso havia proferido um enfático voto em defesa da operação e dos procuradores

O ministro aposentado do STF Ricardo Lewandowski. Foto: Nelson Jr./STF
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O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, não escondeu o incômodo com o voto do colega Luís Roberto Barroso pela reversão da suspeição do ex-juiz Sergio Moro contra Lula no caso do triplex do Guarujá. A parcialidade de Moro já foi reconhecida pela Segunda Turma da Corte, mas voltou à análise do plenário.

Barroso proferiu um longo voto em defesa da Lava Jato e de seu suposto legado no combate à corrupção no Brasil. Também disse que a operação não contribuiu com a “criminalização da política”.

O ministro ainda criticou o “hackeamento criminoso” dos celulares de membros da força-tarefa da Lava Jato. Ele chamou de ‘pecadilhos’, ‘fragilidades humanas’ e ‘maledicências’ o comportamento da força-tarefa e de Sergio Moro revelado pela série de reportagens conhecida como ‘Vaza Jato’. As matérias evidenciaram a proximidade fora dos autos entre procuradores do Ministério Público Federal e juízes.

Em resposta, Lewandowski  citou o “desmantelamento de importantes setores da economia nacional, principalmente da indústria petrolífera”, provocado pela Lava Jato.

“Estima-se que a Lava Jato retirou cerca de 142,6 bilhões da economia brasileira, ou seja, a operação produziu pelo menos três vezes mais prejuízos econômicos do que aquele que ela avalia ter sido desviado com a corrupção”, disse Lewandowski, citando estudo da professora Rosa Maria Marques, da PUC-SP, baseado em pesquisa do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

“Estamos tratando de pecados mortais, não de pecadilhos”, completou o ministro, em recado direto a Barroso.

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