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Legado de Bolsonaro é nomear Moro e depois devolvê-lo para o nada, diz Gilmar

O decano do Supremo voltou a criticar o ‘intuito político e político-partidário’ da Lava Jato

Gilmar Mendes e Sergio Moro. Fotos: Nelson Jr./STF e José Cruz/Agência Brasil
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O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal, relatou nesta terça-feira 22 um encontro com o presidente Jair Bolsonaro em que discutiram a passagem de Sergio Moro pelo Ministério da Justiça.

Em entrevista à Bloomberg Línea, o magistrado voltou a fazer graves críticas à atuação da Lava Jato.

“Um dia ele [Bolsonaro] me disse: ‘Olha, cometemos muitos erros e entre eles está ter nomeado Sergio Moro. Se tivéssemos um ano de experiência antes, talvez não tivéssemos feito isso’. Eu disse: ‘Não, presidente. Entre os seus legados está ter nomeado Sergio Moro ministro da Justiça e depois tê-lo devolvido para o nada'”, narrou Gilmar.

Ao ligar operações à ascensão política de seus expoentes, o magistrado tornou a mirar em Protógenes Queiroz, delegado à frente da Satiagraha, além de Moro e do ex-procurador Deltan Dallagnol.

“Esse episódio do delegado que participa de uma grande operação e em seguida ser candidato a deputado federal [Protógenes] e as próprias candidaturas, hoje, do Moro e do Dallagnol indicam que de fato havia por trás um intuito político e político-partidário”, prosseguiu. “Felizmente, esses personagens não têm tido muito sucesso na política. Fazem um mandato e depois já não conseguem mais, como aconteceu com o delegado Protógenes ou com o juiz Witzel, do Rio de Janeiro, que sequer conseguiu completar o primeiro mandato.”

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