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Keila Simpson, presidenta da Antra, é detida em aeroporto no México e deportada
A ativista foi impedida de entrar no país por não ter nome social retificado em sua documentação; associação cobrará respostas por violação de direitos humanos
A ativista, Keila Simpson, travesti e presidenta da Associação Nacional de Travestis e Transexuais, a Antra, foi detida no aeroporto do México neste domingo 1º. Keila participaria do Fórum Social Mundial, mas foi impedida de ingressar no país e deportada por não ter nome social retificado em sua documentação.
Ela foi impedida de entrar no país porque sua expressão de gênero não corresponderia ao nome que constava no passaporte – o que configuraria, segundo agentes aduaneiros, ‘atitude suspeita’. Keila ficou detida dentro do aeroporto por aproximadamente 10 horas, sem poder realizar contato.
Para a Antra, sua presidente teve seu direito à autodeclaração de gênero violado. Mesmo que o direito a retificação de nome e gênero tenha sido alcançada, argumenta a associação, ele não é uma obrigatoriedade, e não anula a existência do nome social para pessoas trans e travestis.
Na tentativa de impedir a deportação, a advogada Jessica Marjene chegou a mobilizar uma medida cautelar no País. Sem sucesso, Keila retornou ao Brasil na madrugada desta segunda-feira 2.
A Antra informou ainda que cobrará respostas e ações reparativas ao Itamaraty e ao governo do México por violação de direitos humanos.
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