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Justiça manda União pagar pensão aos filhos de petista morto por policial bolsonarista
A decisão alega ‘responsabilidade omissiva’ pelo crime; Jorge Guaranho usou uma arma de propriedade da União para matar Marcelo Arruda


A Justiça do Paraná determinou que a União pague pensão alimentícia aos três filhos menores de idade de Marcelo Arruda, assassinado pelo policial penal federal Jorge Guaranho.
O tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu foi morto a tiros durante seu aniversário, em julho de 2022. O bolsonarista o atingiu com três disparos.
A decisão, assinada pelo juiz substituto Diego Viegas Veras, da 2ª Vara Federal de Foz do Iguaçu, foi publicada na noite da segunda-feira 13.
De acordo com o magistrado, a pensão deve ser paga porque a arma usada para cometer o crime é de propriedade da administração federal. Assim, a análise é de que há “responsabilidade omissiva” da União. Guaranho está preso preventivamente e é acusado de homicídio duplamente qualificado.
O cálculo considera o salário líquido de Arruda à época do crime e o pagamento da pensão por morte já recebida pelas crianças. Cada uma deverá receber 1.312,16 reais até completar 21 anos.
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