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Justiça homologa acordo pela recuperação de até US$ 60 milhões desviados na gestão Maluf

A decisão resulta de uma ação civil pública contra o político por irregularidades em obras da Avenida Jornalista Roberto Marinho e do Túnel Ayrton Senna

O ex-prefeito paulistano Paulo Maluf. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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A Justiça de São Paulo homologou o acordo entre o Ministério Público do estado, a Procuradoria-Geral do Município e as empresas envolvidas em um esquema de desvio de verbas da Prefeitura da capital na gestão de Paulo Maluf, entre 1993 e 1996.

O escândalo resultará em uma devolução de cerca de 44 milhões de dólares – mais de 220 milhões de reais – aos cofres públicos. Com as custas processuais, o montante pode chegar a 60 milhões de dólares.

Trata-se da consequência de uma ação civil pública contra Maluf por desvio de recursos em obras da Avenida Jornalista Roberto Marinho e do Túnel Ayrton Senna.

A sentença da 4ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça paulista, assinada na última sexta-feira 24 e divulgada pela Folha de S.Paulo nesta segunda 27, também encerra o processo contra a empresa Eucatex (pertencente à família Maluf) e as offshores Kildare, Durant e MacDoel.

O valor, no entanto, é inferior ao prejuízo imposto ao município pelos desvios, que, segundo o MP, ultrapassam os 300 milhões de dólares. O dinheiro teria sido enviado para contas no exterior.

“O acordo não exclui ninguém da família Maluf”, explicou Silvio Marques, da Promotoria do Patrimônio Público. “Faltam pelo menos 250 milhões de dólares, que a família Maluf tem para pagar.”

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