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Justiça dos EUA aceita pedido da Oi para proteção contra credores
A operadora solicitou a medida em Nova York uma semana depois de obter a garantia na Justiça do Rio de Janeiro


A Corte de Falências de Nova York acolheu, nesta segunda-feira 13, um pedido de proteção judicial da Oi contra credores. A primeira audiência sobre o caso foi agendada para 29 de março, conforme documentos divulgados pelo jornal O Estado de S.Paulo.
A operadora solicitou a proteção nos Estados Unidos uma semana depois de obter essa garantia na Justiça do Rio de Janeiro.
No meio de uma nova etapa de sua persistente crise financeira, a empresa tem uma lista de 14 credores, com os quais acumula uma dívida de cerca de 30 bilhões de reais, segundo dados atualizados até o final de 2022.
A dívida mais expressiva é com o Bank of New York Mellon, de aproximadamente 9 bilhões de reais. A seguir, está o GDC Partners (8,3 bilhões).
Na sequência, aparecem Wilmington Trust (5,4 bilhões), China Development Bank (3,8 bilhões), Itaú BBA (2 bilhões), Fundação Atlântico de Seguridade Social (948,1 milhões), Banco do Nordeste (156,4 milhões), Banco da Amazônia (100 milhões), Bradesco (34,4 milhões), Banco ABC Brasil (2,5 milhões), Santander (2,3 milhões), BNP Paribas Brasil (675,5 mil), Banco Fibra (29 mil) e Banco Modal (24,8 mil).
A Oi encerrou um processo de recuperação judicial em dezembro passado, mas pode ter de lidar com um novo procedimento do tipo. O primeiro processo, com uma dívida de 65 bilhões de reais, é considerado o segundo maior da história do País, atrás apenas do caso da Odebrecht.
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