Um paciente da Prevent Senior que recebeu o ineficaz tratamento precoce e não foi encaminhado para uma unidade de terapia intensiva pela operadora irá receber 1,9 milhão de reais para arcar com custos adicionais que teve após o ‘experimento’. A decisão foi tomada pela 30ª Vara Cível de São Paulo e ainda cabe recurso. A informação foi revelada pelo jornal Folha de S. Paulo.
A decisão foi motivada pelo atraso em encaminhar Carlos Alberto Reis, de 61 anos, a um leito de UTI. A Justiça considerou que o paciente não teve ‘tratamento adequado’. Isso porque Reis foi mantido em um quarto comum do hospital Sancta Maggiore à base de medicamentos sem eficácia comprovada, mesmo com o agravamento do caso.
Reis só foi transferido para outra unidade após consulta com um médico de confiança da família. Na ocasião, a Prevent Senior o mandou para um leito semi-intensivo, sem monitoramento permanente, ainda abaixo do que exigia o seu caso. Pela demora em transferi-lo para uma UTI, a família optou por levá-lo ao Hospital Albert Einstein, único com leitos disponíveis na ocasião, onde Reis ficou por dois meses sob os cuidados adequados.
A transferência ao novo hospital gerou custos adicionais ao paciente que não puderem ser cobertos pela própria família, o que embasou a decisão da Justiça, que entendeu como um prejuízo “as intercorrências e atrasos no tratamento adequado no hospital Sancta Maggiore”, da Prevent Senior.
A Prevent tem agora cinco dias para depositar os quase 2 milhões de reais na conta da esposa do paciente, sob pena de multa de 1% ao dia. O dinheiro será usado para cobrir os custos do tratamento no Albert Einstein. A decisão foi proferida pelo juiz Guilherme Santini Teodoro em caráter liminar e ainda cabe recurso por parte da operadora.
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