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Justiça de São Paulo aceita denúncia contra donas de escola infantil por tortura
As irmãs Roberta e Fernanda Semer e a auxiliar de limpeza Solange Hernandez também são acusadas de maus-tratos, associação criminosa, perigo de vida e constrangimento


A Justiça de São Paulo acatou uma denúncia do Ministério Público e tornou rés as donas e uma funcionária da Escola Infantil Colmeia Mágica, na zona leste da capital paulista, por tortura contra nove crianças que frequentavam a unidade.
As irmãs Roberta e Fernanda Semer e a auxiliar de limpeza Solange Hernandez também são acusadas de maus-tratos, associação criminosa, perigo de vida e constrangimento.
Segundo a Promotoria, a investigação continuará, a fim de apurar eventual participação de outros agentes e a prática de outros crimes.
O caso veio à tona em março, depois de viralizarem nas redes sociais vídeos de crianças com os braços imobilizados, em cadeirinhas, deixadas sob uma pia em um banheiro da instituição.
A escola está fechada desde a denúncia e as responsáveis estão presas preventivamente. A Polícia Civil argumenta que ambas atrapalharam a investigação e mudaram de residência sem informar os novos endereços à Justiça.
Na semana passada, as irmãs Semer foram transferidas para a penitenciária feminina de Tremembé (SP), por questões de segurança. Solange não teve a prisão solicitada pela investigação e responde em liberdade.
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