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Justiça condena perito do acidente que matou filho de Geraldo Alckmin

A condenação inicial previa três anos de prisão, mas foi convertida em duas medidas restritivas. Cabe recurso

Justiça condena perito do acidente que matou filho de Geraldo Alckmin
Justiça condena perito do acidente que matou filho de Geraldo Alckmin
Registro do helicóptero acidentado em Carapicuíba. Foto: Reprodução/TV Globo.
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A juíza Carolina Hispagnol Marchi, da 1ª Vara Criminal de Carapicuíba (SP), condenou o perito Helio Rodrigues Ramacciotti por irregularidades na produção do laudo sobre o acidente de helicóptero que matou Thomaz Alckmin, filho do vice-presidente Geraldo Alckmin, em 2015. Outras quatro pessoas morreram.

A condenação inicial previa três anos de prisão, mas foi convertida em duas medidas restritivas:

  • prestação de serviços à comunidade, tarefa a ser designada pela Justiça;
  • pagamento de um salário mínimo (1.320 reais) a uma entidade pública ou privada com destinação social, também a ser apontada pelo Poder Judiciário.

Segundo a decisão – à qual cabe recurso -, Ramacciotti “traiu a confiança nele depositada pelo Instituto de Criminalística de São Paulo e pelos cidadãos” e praticou atos que violaram seu dever com a Administração Pública. Por isso, a juíza determinou a perda do cargo de servidor público do réu.

O Tribunal de Justiça de São Paulo se manifestou a partir de uma denúncia apresentada pelo Ministério Público do estado em 2018.

Entre outras irregularidades, segundo o órgão, o perito afirmou que a aeronave tinha um certificado diferente do que ela realmente possuía. Ele também disse, de acordo com o MP, que um painel de chaves do helicóptero não estava danificado, o que teria sido desmentido por fotos. Ramacciotti teria, ainda, utilizado informações sobre exames dos quais não participou.

Em nota, a defesa afirmou que Ramacciotti é “perito criminal há quase 30 anos, sendo reconhecido por sua  competência e capacidade profissional”. Disse, ainda, que “a decisão proferida desafia a evidência dos autos e, certamente, será revertida na instância superior” e que “o laudo feito por nosso cliente trouxe a mesma conclusão daquele confeccionado pela Força Aérea Brasileira – representada pelo CENIPA”.

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