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Justiça acata pedido de falência de Alexandre Frota, que acumula dívidas de R$ 1,4 milhão
O parlamentar argumenta que, com processos ainda em curso, o montante final da dívida pode ser ainda maior
A Justiça decretou nesta quarta-feira 14 a falência do deputado federal Alexandre Frota (PROS), a pedido do próprio parlamentar. O ex-ator alegou ser detentor de dívidas superiores a R$ 1,4 milhão, valor que supera a quantia de bens em seu nome.
No pedido protocolado na 3ª Vara Cível do Foro de Cotia, em São Paulo, o parlamentar alegou que também é réu em vários processos que pedem ações indenizatórias, somados durante a sua atuação como deputado federal, e, portanto, não terá provisões para bancar os valores recorrentes de possíveis condenações.
Com a apresentação de documentos que comprovam as dívidas maiores que as posses, o juiz Carlos Aiba Aguemi reconheceu a situação de insolvência civil e nomeou o Banco Econômico S/A como administrador do montante falido em posse de Frota.
“Nos documentos juntados não consta qualquer bem de valor relevante que integre o patrimônio do devedor. É evidente a situação de insolvência do autor, sendo recomendado o estabelecimento de concursos de credores para a satisfação equânime dos débitos, mediante controle judiciário”, declarou o juiz na decisão.
Neste ano, Alexandre Frota foi condenado em R$ 30 mil por ter xingado e usado a foto do cantor Chico Buarque em suas redes sociais. O ator também perdeu outra disputa judicial iniciada em 2017 após acusar Caetano Veloso de pedófilo e chama-lo de “ladrão e estelionatário” nas redes sociais, a sentença final foi estipulada em R$ 60 mil reais ao música e a sua mulher, Paula Lavigne.
Hoje considerado ‘ex-bolsonarista’, Frota também acumula processos pela sua atuação como deputado e embates na política. Durante as eleições de 2018, o ator gravou um vídeo em suas redes sociais afirmando que o bancário Gerson Florindo, ex-presidente do PT de Ubatuba, se disfarçou de eleitor de Jair Bolsonaro e entrou numa igreja em Brasília para atacar e xingar o então candidato à presidência Fernando Haddad. O ator foi condenado em 2020 a pagar uma indenização de R$ 50 mil e publicar uma retificação em suas redes sociais.
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