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Juíza afasta agentes que teriam torturado ativista na prisão
Rodrigo Pilha foi detido após protestar contra o presidente Jair Bolsonaro
A juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, determinou o afastamento de agentes suspeitos de praticarem tortura contra o ativista Rodrigo Grassi Cadermatori, conhecido como Rodrigo “Pilha”, filiado ao Partido dos Trabalhadores e preso após protestar contra o presidente Jair Bolsonaro em 18 de março.
Segundo a decisão, dois servidores da Secretaria de Administração Penitenciária devem ser afastados por 60 dias das unidades prisionais e transferidos para unidade administrativa gerida pelo órgão. Nesse prazo, devem ocorrer as apurações referentes ao caso.
A juíza também determinou que a Seape informe as providências tomadas para apurar o episódio.
Vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, a deputada Érika Kokay (PT-DF) disse ter ouvido depoimento do ativista, em que ele teria confirmado episódio de tortura no primeiro dia de sua detenção no Centro de Detenção Provisória II. O relato havia sido publicado pela Forum em 29 de abril.
O caso é acompanhado pela Ordem dos Advogados do Brasil e pelo Conselho Nacional de Justiça.
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