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Jornal espanhol critica evento de Edir Macedo em Madrid: ‘Pastor de Bolsonaro que vende bíblia a 50 euros’

Matéria do El País ainda chama a atenção para as supostas curas milagrosas seguidas de pedidos de doação propagadas pelo religioso no evento

O bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da TV Record. Foto: Reprodução/Facebook
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O jornal El País, um dos mais prestigiados da Espanha, fez duras críticas ao evento promovido pelo bispo Edir Macedo, da Igreja Universal, em Madrid neste final de semana. A publicação feita nesta terça-feira 21 chama Edir de ‘pastor de Bolsonaro que vende bíblias a 50 euros’.

O periódico espanhol ainda cita o papel importante de Macedo na política ultra-conservadora no Brasil. “Edir Macedo apenas é conhecido na Espanha, mas no Brasil tem sido um dos líderes evangélicos que sustentaram a balança política na extrema-direita”, diz.

“Ultra-conservador, [Edir Macedo] defendeu que as mulheres não deveriam ir à universidade, comparou os homossexuais com bandidos e demonizou as causas da esquerda”, acrescentou ainda o texto.

O jornal destaca ainda o papel importante da Igreja Universal na eleição de Jair Bolsonaro (PL) em 2018 e retoma a polêmica trajetória que levou o líder religioso a ser um dos homens mais ricos do Brasil. Há a menção ao vídeo em que Macedo ensina pastores a coagirem fiéis em busca de doações.

Ainda na reportagem, o El País chama a atenção para as curas milagrosas feitas durante o evento, em celebrações espetaculosas que são seguidas de muitos pedidos por dinheiro. A venda de 80 bíblias a 50 euros também foi alvo das críticas do jornal. Em menos de 10 minutos a arrecadação de 4 mil euros foi celebrada, relata o jornal em tom de espanto.

Ao longo do texto, outras menções ao papel político do bispo são citadas, incluindo a recente tentativa de arrefecimento nos ataques a Lula (PT) feitos por Edir Macedo. Na ocasião, o bispo disse que os fiéis deveriam respeitar a vitória do petista e sinalizou que perdoaria o presidente. A declaração foi duramente criticada por aliados de Lula.

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